Saúde mental? Precisamos falar disso

O ideal seria que a gente não conversasse sobre saúde mental apenas no primeiro mês do ano e, sim, diariamente. Mas, felizmente, o janeiro branco está aí para reforçar a importância sobre o assunto.

A campanha, que tem força mundial, convida as pessoas para que reflitam mais sobre reações, pensamentos e demais sintomas que alertam quando nosso psicológico não vai bem.

A ideia é que sejamos mais empáticos uns com os outros, capazes de enxergar e nos expressar de diferentes maneiras, partindo assim para novas ações, abordagens e iniciativas. Dessa forma, traremos inspiração e motivação para mais pessoas e instituições sociais.

Afinal, saúde mental possui muitas facetas e dimensões, e é tão importante quanto a saúde física e emocional — até porque, todas essas áreas se conectam. E na ausência dela, somatizamos doenças, desenvolvemos transtornos e outras inquietações como, por exemplo, a depressão.

A depressão é uma doença que geralmente passa despercebida e, talvez, esse seja um dos motivos das estatísticas não caírem.

A OMS (Organização Mundial da Saúde) revelou que 5,8% dos brasileiros (cerca de 12 milhões de pessoas) sofrem de depressão, o que faz do país o segundo  maior das Américas, ficando atrás apenas dos Estados Unidos.

A estimativa ainda é que entre 20% a 25% da população teve, tem ou terá depressão, ou seja, é a doença psiquiátrica que mais prevalece no país.

Outro dado alarmante é que 800 mil pessoas morrem por causa de suicídio  a cada ano, sendo esta a segunda principal causa de morte entre pessoas de 15 a 29 anos de idade.

Por circunstâncias assim, a mesma organização fez um apelo aos países que sejam criadas políticas públicas de saúde que intercedam efetivamente nesses números. Aliás, é fundamental a criação de campanhas de incentivo para prevenção e divulgação de informações consistentes sobre tratamentos alternativos.

Com isso, será possível quebrar a mentalidade de combate a doença apenas com remédios convencionais. Inclusive, há grande quantidade de estudos publicados sobre o assunto nestes últimos tempos, entre eles a prática de exercícios físicos, que são poderosos em diferentes quadros da doença.

Caminhe, corra, pedale…

Caminhar, correr, pedalar, malhar, etc., elevam o nível de bem-estar e o motivo é simples: enquanto estamos nos exercitando, nosso cérebro libera endorfina, serotonina e dopamina e isso faz com que a pessoa, instantaneamente, comece a se sentir melhor.

Já quando nos exercitamos com frequência, aumenta-se a dose dessas substâncias que passam a atuar nos sintomas de depressão, trazendo ânimo.

Exercitar-se é criar um hábito que estimula o crescimento de células nervosas no hipocampo (região do cérebro responsável pela memória e humor). Não é toa que são consideram neurotransmissores da felicidade, né? Aliás, você sabia que essa região costuma ser menor em pessoas deprimidas?

A importância de um treinador qualificado

Mas, tão importante quanto praticar exercícios com frequência, é poder contar com o suporte de um profissional qualificado. O treinador é um facilitador das metas individuais de cada um, sabe administrar os treinos sem criar expectativas demasiadas sobre o indivíduo e traz mais motivação, sem forçar a barra.

Atenção: o ideal é que o professor de educação física tenha contato e trabalhe junto ao psicólogo ou psiquiatra do paciente. Aliás, esse alinhamento entre os profissionais é essencial.

Qualquer atividade física está valendo

Como qualquer prática que desperte interesse do indivíduo está valendo (dança, natação, Yoga, etc), o importante é começar.

Uma voltinha que seja pelo bairro ou no parque já ajuda, pois o contato com a natureza, tomar um pouco sol, ouvir o canto dos pássaros ou o simples ato de pisar com os pés descalços na grama, esvaziam a mente da negatividade e revigoram. 

Contudo, é importante frisarmos que em casos graves de depressão (como aqueles em que o indivíduo não consegue sair de casa) deve-se ir com calma, sem pressionar. Paciência é a palavra chave aqui, pois havendo melhorias no quadro é possível inserir aos pouquinhos novas atividades, até que elas se tornem uma rotina.

Passo por passo, dia após dia, o sentimento de superação da pessoa vai ganhando mais espaço e os benefícios das práticas começam a ficar evidentes, até chegar naqueles resultados que são surpreendentes.

Gostou desse conteúdo? Conta para gente nos comentários,entre as atividades citadas, quais você já praticou e ainda pratica, e quanto elas contribuíram para sua saúde mental. 🙂

Fonte: https://www.medley.com.br/podecontar/preciso-ajuda/efeito-pratica-esporte-depressao

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